Não temos como medir a fidelidade ou a motivação íntegra de ninguém, nem mesmo a nossa. O coração do ser humano é enganoso. Porém, é certo que o Senhor Deus nos conhece muito bem. Enquanto enxergamos apenas o exterior, Deus vê o coração (1Samuel 16:7b).
Todos nós temos ministério na Igreja do Senhor Jesus, pois somos servos e mordomos. Cuidamos dos bens do Senhor, e o padrão divino é a fidelidade. Deus não nos mede pelos resultados ou pelo desempenho, mas pelo investimento fiel dos talentos. A aprovação de Deus é baseada em fidelidade, não em performance. Ele não se engana com as aparências. Crendo assim, toda a nossa motivação deverá estar concentrada nessa afirmação, que resgata o propósito da vida: "Somente a Deus toda a glória". O ponto que esse slogan defende é de que só Deus deve ser glorificado em nossa salvação, no louvor e na nossa vida.
Deus deve ser glorificado em nossa salvação. Fomos salvos somente pela graça, que só vem de Cristo e é pela fé nEle somente. Não existe qualquer
possibilidade de dizer que ajudamos a Deus ou que fizemos algo em prol da nossa salvação. Desde o seu nascimento, o ser humano é incapaz de fazer qualquer coisa para ser salvo diante de Deus.
Cristo, soberana e graciosamente, pagou o preço pelos nossos pecados. Ele zerou a nossa dívida com o Deus santo. Cobriu-nos com a Sua justiça. Quer dizer, Sua justiça foi creditada em nossa conta. Toda a glória ao Senhor!
Deus deve ser louvado na nossa vida. A partir da compreensão da graça de Deus, em Cristo Jesus, as atividades eclesiásticas e todas as demais da nossa vida comum passaram a ter um novo significado, uma nova motivação. Devemos fazer o melhor para o Senhor. Nossos deveres, nossas funções ou nosso trabalho devem ter como propósito dar honra e glória ao nome de Deus. O desafio é ser bênção onde Ele nos colocar. "Tudo quanto fizerdes fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para homens" (Colossenses 3:23). Vivamos, na força que Ele supre, uma vida digna, honesta, responsável e frutífera."Quem, porém, é suficiente para estas coisas? […] A nossa suficiência vem de Deus" (2 Coríntios 2:16; 3:5).
Somos "despenseiros de Deus". Continuemos cuidando dos bens do Senhor e sejamos encontrados fiéis. Jamais vivamos para os aplausos humanos. O julgamento divino é o que conta: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei" (Mateus 25:21). O julgamento de Deus se dará quando da volta gloriosa do Senhor Jesus. "Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Coríntios 4:1,2). "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (I Tessalonicenses 5:23,24).
Soli Deo Gloria: essa declaração resgata o fim principal da nossa vida.
Rev. Lutero Rocha ( https://www.primeiraigreja.org.br )